“Professor bonzinho = aluno difícil
A questão da indisciplina em sala de aula.”
Celso Antunes
Ed. Vozes
Ler realmente nos revela surpresas. Ao escolher o tema imaginei, arrogantemente, que pouco me acrescentaria às técnicas que eu já conhecia. Ledo engano.
Celso Antunes tem o poder de nos convencer que sempre há campo para melhora, afinal o tema “indisciplina” é inesgotável e possui definições variadas segundo a necessidade e anseio de cada professor.
Nunca almejei uma sala de aula com “silêncio sepulcral” como o autor diz. Aliás, concordo com ele que teremos a eternidade pós morte para ficarmos em silêncio. Contudo sabemos que algumas turmas passam dos limites quando o assunto é liberdade de expressão.
Alguns pontos abordados pelo autor já me eram conhecidos; outros haviam sido esquecidos, outros se mostraram ser boa sugestão, que pretendo aplicar em 2009.
Decidi registrar pontos que me chamaram a atenção:
- “Professor bonzinho, manipulável, manobrável não é educador, não transmitiu com a honra de suas aulas a dignidade de sua profissão.” (É lamentável, mas vi colegas indignos de nossa profissão esse ano.)
- “O professor tem como missão ajudar na construção do conhecimento do aluno.” (Não somos os salvadores da Pátria, mas muito do que o aluno carregará pela sua vida, poderá ser contribuído pelo nosso trabalho.)
- “Experimente, vez por outra, transformar um tema que necessite trabalhar em uma quantidade expressiva de questões, perguntas, problemas, charadas, anagramas e desafios sobre esse mesmo tema. Reúna os alunos em duplas ou trios, distribua entre eles alguns desses problemas e peça que busquem resolvê-los, usando todos os elementos que puderem dispor. Discuta a solução. Cada grupo apresenta sua estratégia para a classe.” ( Isso exigirá que nós professores, preparemos a aula. Não basta dominar seu próprio conteúdo, é preciso inovar ao passar aos alunos... Preciso melhorar nesse ponto!!)
- “Indisciplina é como incêndio, tem focos.
Primeiro Foco: ESCOLA. Para apagar o incêndio da indisciplina na escola seria necessário: a) uma definição clara e cristalina de algumas regras disciplinares, lúcidas e coerentes, estabelecidas democraticamente entre diretores, professores e alunos. b) Criação de Centrais de Atendimento para ajuda a alunos com dificuldades cognitivas ou emocionais, a pais que precisam de orientação e acompanhamento, a professores que necessitam ser orientados e descobrirem que existem ombros nos quais o apoio jamais é negado. Segundo Foco: PROFESSOR. Professores mal preparados, apáticos, desinteressados e desanimados. Esses precisam ser reciclados e resgatados do mar da improdutividade. Primeiro passo: admitir suas deficiências, buscar ajuda. A indisciplina floresce em classes sob os cuidados de professores que:
- não são assíduos e pontuais.
- não estabelecem regras junto com (e não para) alunos.
- ficam sentados na cadeira e fazem os alunos vir até ele. Vá até o aluno.
- professor que não é sereno. É preciso contar até 10, respirar fundo, manter a calma. Faça de conta que vale para toda aula o já banal recado: “Sorria, você está sendo filmado.”
- professor autoritário, mas sem autoridade. Como disse Guevara “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.” Regras são regras, devem ser respeitadas e o professor deve cobrar isso com respeito.
- professor no palco. Tem alunos que querem dar show e colocam o professor no palco. Não devemos aceitar isso. Ao entrar em uma discussão com um aluno perante a sala estamos aceitando participar do show do aluno. É mais produtivo ter uma conversa em particular, norteada pelo desejo de aconselhar e ajudar o aluno a ter uma postura que se encaixe nas regras que ele ajudou a estabelecer.(Preciso me policiar nisso, e muito. Aceitei muita provocação esse ano, tststststs.)
Outra observação oportuna é falar a linguagem do aluno. Isso significa certificar-se de que o aluno sabe o que se espera dele ao solicitar que ele faça: uma ‘pesquisa’, um ‘resumo‘, uma ‘análise ’, ou uma ‘comparação’.
Ufa! É fácil? Não, claro que não. Mas qual atividade profissional não tem seus dissabores?
São muitos nossos desafios ao longo do ano. Eu pessoalmente, preciso cuidar mais da minha auto-estima. Fortalecer-me. Esses dois pontos me capacitarão para aplicar e aprimorar as sugestões desse texto.
Um forte abraço e sejamos felizes!!
Profª Cristien
quinta-feira, 7 de maio de 2009
“Quem ama, educa!”.
Içami Tiba
Qualquer expressão utilizada, para descrever a qualidade desse livro, será injusta. Não existem palavras que descrevam sua real beleza e praticidade.
Acredito que deveria fazer parte da nossa lista de materiais no início do ano, indicando para os pais que, além dos livros para os filhos, eles próprios deveriam adquirir o “seu” material. É uma leitura obrigatória para pais e mães.
Mas é claro que não se limita àqueles que são ou serão pais. Nós educadores somos muito instruídos por vermos toda essa relação entre pais e filhos aplicada à nossa relação aluno-professor.
A mim foi muito útil duplamente falando. Como mãe e como educadora. Especialmente quando vi a sugestão de como lidar com as conseqüências por desobediências dos filhos ou não cumprimento de acordos com os alunos. As conseqüências devem ser claras para as crianças. Castigos infundados e não co-relacionados ao ato dito errado são improdutivos e não educam. A citação sobre os jovens que queimaram o índio em Brasília, de que deveriam fazer trabalho voluntário em hospitais de queimados, foi bárbara. Acho que não vou esquecer nunca mais.
E pensando nisso tenho refletido muito, meditado em como trazer isso para a sala de aula...
O que fazer com o aluno que não faz lição de casa? O que fazer com o aluno que não traz material? Que não copia a matéria da lousa? Que não efetua a pesquisa solicitada? Que bate papo enquanto se explica um conteúdo novo ou se faz uma revisão? Que desrespeita, escarnece e desafia o professor, como se quisesse mostrar aos colegas: “Vocês estão vendo? Eu posso. Eu não tenho medo nem de nada nem de ninguém”.
Que conseqüência poderíamos lhe impor nessas circunstâncias? Pontos negativos, justificativas de trabalhos não feitos, recados em agendas, parecem já não ter mais efeito....
Espero encontrar respostas a esses questionamentos.
Afinal amo meus alunos e por isso quero educa-los.
Profª Cristien Lara Lorenzo
Içami Tiba
Qualquer expressão utilizada, para descrever a qualidade desse livro, será injusta. Não existem palavras que descrevam sua real beleza e praticidade.
Acredito que deveria fazer parte da nossa lista de materiais no início do ano, indicando para os pais que, além dos livros para os filhos, eles próprios deveriam adquirir o “seu” material. É uma leitura obrigatória para pais e mães.
Mas é claro que não se limita àqueles que são ou serão pais. Nós educadores somos muito instruídos por vermos toda essa relação entre pais e filhos aplicada à nossa relação aluno-professor.
A mim foi muito útil duplamente falando. Como mãe e como educadora. Especialmente quando vi a sugestão de como lidar com as conseqüências por desobediências dos filhos ou não cumprimento de acordos com os alunos. As conseqüências devem ser claras para as crianças. Castigos infundados e não co-relacionados ao ato dito errado são improdutivos e não educam. A citação sobre os jovens que queimaram o índio em Brasília, de que deveriam fazer trabalho voluntário em hospitais de queimados, foi bárbara. Acho que não vou esquecer nunca mais.
E pensando nisso tenho refletido muito, meditado em como trazer isso para a sala de aula...
O que fazer com o aluno que não faz lição de casa? O que fazer com o aluno que não traz material? Que não copia a matéria da lousa? Que não efetua a pesquisa solicitada? Que bate papo enquanto se explica um conteúdo novo ou se faz uma revisão? Que desrespeita, escarnece e desafia o professor, como se quisesse mostrar aos colegas: “Vocês estão vendo? Eu posso. Eu não tenho medo nem de nada nem de ninguém”.
Que conseqüência poderíamos lhe impor nessas circunstâncias? Pontos negativos, justificativas de trabalhos não feitos, recados em agendas, parecem já não ter mais efeito....
Espero encontrar respostas a esses questionamentos.
Afinal amo meus alunos e por isso quero educa-los.
Profª Cristien Lara Lorenzo
A matemática e a História
“Os números inteiros”
Determinar com exatidão a origem dos números na história da humanidade é algo nada fácil. O que se sabe é que à medida que o homem se organizava e deixava sua vida nômade para se dedicar em organizar a vida em grupos, iniciou-se a vida em sociedade; e com ela a necessidade de representar numericamente suas conquistas, suas perdas e suas posses.
Percebeu-se então a necessidade de representar esses números por meios de grupos específicos, o que hoje conhecemos como conjuntos numéricos.
Os Números Inteiros são os números naturais positivos, aqueles que tivemos nosso primeiro contato nos anos iniciais de nossa vida escolar, e seus opostos; ou seja, os números negativos.
Podemos representá-los assim : N = { ... – 3 , – 2 , – 1 , 0 , +1 , + 2 , + 3 ...}
Podemos ver os números inteiros quando “equipes jornalísticas” comentam as previsões do tempo por meio de temperaturas positivas e negativas ao redor do mundo. Pense nas temperaturas de lugares como a Rússia e a África. Lá estão os números inteiros.
Onde mais? Ao ver um comentarista esportivos analisar a tabela do campeonato e comentar os saldos de gols dos times que participam daquela competição. Alguns times com saldo de gols positivos e outros com saldo de gols negativos.
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